Todo negócio bem-sucedido, estruturado de forma familiar ou não, nasceu da ideia de um fundador em condições empreendedoras, de oportunidade ou simplesmente de necessidade.
Antes de se tornar bem-sucedido o negócio passou pela fase “sobrevivência e mortalidade de empresas”, conceito amplamente estudado pelo Sebrae e presenciado por nós ao relembrar nossas experiências, informações de mercado e relacionamento com nossa rede de contato.
Após o período de sobrevivência a empresa entra em um outro denominado estabilização, que pode apresentar perigo ao empresário se confundido com estagnação. Estabilização é o momento em que o empresário tem mais confiança no negócio e em sua ideia inicial, condições propícias para planejar crescimento e novos investimentos.
Quando a empresa cresce de forma rentável, junto com ela surge a necessidade de crescer sua estrutura de funcionamento para aumentar produtividade, melhorar o atendimento e controlar melhor as despesas que também crescerão. Novos funcionários, portanto, serão necessários para absorver a estratégia de crescimento e sua respectiva demanda.
É muito comum o empresário convidar integrantes da família para comporem a estruturação da empresa por diversos motivos e o objetivo desse artigo é refletir exatamente sobre esse conceito. A resposta para a pergunta do título depende da consideração dos tópicos abaixo:
Meritocracia: o candidato, integrante da família ou não, precisa ter o mérito para ocupar a vaga de trabalho demandada pela empresa, ou seja, formação, habilidade e experiência necessária para o bom desempenho das funções que o cargo exigirá.
Salário justo: o novo funcionário, integrante da família ou não, deverá receber um salário adequado ao cargo que ocupará. A prática de salários maiores aos integrantes da família, para atribuições iguais, ocasionará desmotivação dos demais funcionários da empresa, mesmo que de forma silenciosa.
Relacionamento interpessoal: o relacionamento com integrantes da família deve ser profissional dentro do ambiente de trabalho, com a mesma seriedade conduzida com os outros funcionários que não compõe o ambiente familiar. Fora do ambiente empresarial o relacionamento deve ser familiar, conversar sobre o trabalho dentro da família pode proporcionar desgaste.
Se os três tópicos forem considerados pelo empresário no momento de estruturar sua empresa com integrantes da família, o resultado poderá ser positivo por reduzir os riscos de tomar uma decisão errada. Caso contrário o resultado poderá ser negativo e com certa dificuldade de correção no futuro.
Refletir sobre os tópicos abordados e responder à pergunta inicial será um
grande passo dado.
Bom trabalho!