Sex Education
Uma série bem humorada, descolada e divertida que trata sobre inseguranças acerca da puberdade e a sexualidade.
Otis é um garoto complexado que mora numa pequena cidade no interior da Inglaterra, e sente-se desconfortável por sua mãe ser sexóloga. No entanto, ele acaba usando das coisas que sabe a respeito de sexo para ganhar dinheiro atendendo os seus colegas na escola. É cômico porque Otis, em teoria, sabe muito sobre assunto, já na prática…
A série tem duas temporadas e a terceira já está confirmada e ela bate na tecla de como é relevante e necessário que haja educação sexual nas escolas, algo que já é implantado no exterior mas que, ainda assim, há muito tabu e ignorância envolvidos.
Ahh… Tirem as crianças da sala!
I am Not Okay With This
O título significa que “Não estou de boa com isso” e a série, realmente, mostra os problemas enfrentados pela adolescente Sydney, que acaba de lidar com a descoberta possuir super poderes.
A série tem poucos episódios e de curta duração. É possível maratonar numa tarde. Sei porque fiz isso!
A série claramente faz a clássica metáfora sobre a puberdade. Sydney é uma jovem de 17 anos que não se sente tão bem com sua aparência física e praticamente não se sente confortável com ninguém, nem consigo mesma.
Isso é algo extremamente comum, principalmente, na adolescência. São conflitos que todos sentem em menor ou maior grau. Esta não é a primeira série a tratar disso, mas acho que fizeram isso de maneira original.
A série possui toda uma identidade visual única, apesar das claras referências que foram: Stranger Things, It, Sex Education, The End of the Fucking World, ET, Carrie – A Estranha, O Clube dos Cinco… dentre outros.
Ao meu ver a série mais se assemelhou a IT, a nova versão. Principalmente IT parte 1 (que considero a única parte boa).
A vida e a história de Madam C. J. Walker
O impacto da série não podia ser pequeno já que conta com Octavia Spencer no papel principal, além de um cuidado estético magnífico da fotografia, figurino e cenário. E embora a série retrate uma história que se inicia em 1908 no sul dos Estados Unidos, o que a torna criativa e original é a escolha da montagem e das trilhas, que são atuais, dinâmicas, modernas. A edição entrega o ritmo instigante e acelerado que os dias atuais pedem, e isso é empolgante.
O roteiro é inspirado numa história real de uma mulher negra dos Estados Unidos que se chamava Sarah Breedlove e depois de casada – pela segunda vez – se tornou “Madame C. J. Walker”. Trata-se de uma das mulheres pioneiras em empreendedorismo.
A série é relevante porque traz diversos temas, desde papéis atribuídos a gêneros, representatividade, machismo, sexismo, feminismo e sexualidade. E além de tudo só tem 4 episódios. Talvez por isso tenha mantido a qualidade do início ao fim. É com certeza uma das melhores séries da Netflix. Imperdível.
Coisa mais linda
Seguimos a protagonista Malu lutando pelo seu direito de trabalhar no período em que a bossa nova estava nascendo no Rio de Janeiro.
Enquanto a protagonista vai descobrindo o feminismo, ela acaba percebendo que tem certos privilégios, e que há outras mulheres que sofrem muito mais que ela.
Então Malu faz novas amizades e, juntas, se ajudando, cada uma vai enfrentando os problemas de suas vidas: vida de casada com um marido abusivo, vida de mãe solteira, vida de empregada doméstica, problemas com pessoas machistas, outras racistas…
Mas elas conseguem se unir no amor pela música, pela arte, e pela bossa nova, principalmente. Abrem um bar com boa comida e música, lutando para viver a partir dele.
3%
Apesar de parecer estarmos vivendo numa ficção científica, quem quiser refletir mais ainda acerca das atitudes humanas e sobre o futuro, não deixe de ver 3%. É uma série brasileira feita com ótimos efeitos especiais. A série já está em sua terceira temporada.
Na segunda temporada eles se perdem no roteiro, admito, mas recobram tudo na terceira, e volta a ficar bom, aliás, fica melhor!
A fotografia é ótima e inovadora. A edição rápida – típica de séries de aventura, suspense e ação.
Os personagens são complexos e quebram a história de existir um lado do bem e o lado do mal. A verdade é que todos têm um pouco de tudo.
Basicamente é mostrado o Brasil no futuro e que nele é aplicado a ideia da meritocracia, só que levada às últimas consequências.
A série claramente vem para criticar os excessos, os radicalismos políticos de vários lados. É quase uma aula de filosofia e reflexão, e você toma as suas próprias conclusões.