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Papo de #CINEASTA: o mundo da fotografia com Marina de Almeida Prado

Desde criança eu gosto de fotografar, sempre fotografei. Trabalhei como corretora de imóveis no inicio dos anos 2000, e foi logo quando as imobiliárias começaram a atuar pela internet e o corretor além de ter que captar o imóvel tinha que fotografar os ambientes destes imóveis para serem colocados no site; e as minhas fotos nunca eram declinadas e sempre elogiadas, daí a minha vontade de fazer um curso e me profissionalizar. Isso já faz 11 anos.

Me formei em fotografia na EPA, Escola Panamericana de Artes entre outros cursos, mas antes disso, me formei em Produção Editorial. Sim, hoje o meu trabalho esta mais focado em fotografia autoral e Still de Cinema.

Já fiz de tudo um pouco, inclusive arquitetura e interior design. Sinceramente eu não sei te dizer o que me atrai mais, só sei que tudo que eu olho eu vejo uma foto, e hoje com o celular é possível fotografar quase o tempo todo, eu até me seguro! Sempre gostei de fotografar, tipo imortalizar os momentos. Mas só pensei e decidi ser fotógrafa profissional depois de ter feito várias coisas na vida. Se eu pudesse voltar no tempo, teria focado na fotografia como minha formação inicial.
Me considero no mercado há menos de 6,7 anos. Foi, é e sempre será um mercado difícil, mas tem muita gente que ama o que faz neste mercado e isso faz muito a diferença.

Você se imaginava no cinema ou sempre pensara apenas em fotografia still?

Nem em foto still eu pensava, aconteceu. Um amigo diretor me ligou e disse:
“Topa fotografar um longa sem grana?”. Eu respondi topo sem saber o que era exatamente foto still no cinema. (cara de pau) Dei uma apavorada e lembrei de um amigo que fazia os filmes da globo, liguei pra ele e pedi para ele me explicar o que era, ele só me disse: “Gruda no diretor de fotografia”. Deu certo!!

O que você acredita que faz uma “carreira engrenar” em termos de artes e comunicação no Brasil, principalmente na área do cinema?

No inicio, acho que precisa ter cara de pau e disponibilidade de trabalhar sem ser remunerado. A cara de pau é para pedir o trabalho e quando pedir, já dizer logo: “Eu topo fazer só com a ajuda do transporte, alimentação e acomodação se tiver”. Fiz isso algumas vezes e fiz mais, eu dizia “E você só usa as minhas fotos se gostar”. Estou fazendo still há uns 5 anos, já fiz 3 longas, o primeiro episódio de uma série e já tenho um outro longa engatilhado, só aguardando o Corona vírus passar…

fotografia
Foto Still do longa-metragem: “Antes do Fim”, de Cristiano Burlan. Na foto, a atriz Helena
Ignez e o crítico de cinema, escritor, cineasta e ator Jean-Claude Bernardet.

O que, na sua opinião, é a coisa que não pode faltar num set para que tudo saia bem?

A segurança e cumplicidade dos “comandantes” (diretor e diretor de fotografia)

Atualmente se interessa pela área de roteiro por quê?

Eu adoro escrever e depois que comecei a fotografar parei. Acho que comecei a escrever através da fotografia, mas há uns dois anos tenho tido vontade de escrever e como gosto muito de cinema, pensei em unir a fotografia com a escrita e achei que um curso de roteiro seria perfeito. Vamos ver…

Quais são os/as fotógrafos/as e cineastas que são suas referências e inspirações? Citar principalmente pessoas brasileiras, por favor.

Fotógrafos: Miguel Rio Branco, Tuca Reinés, Sebastião Salgado, Mario Cravo Neto, Bob Wolfenson, João Wainer, Luiz Tripolli, João Castellano, German Lorca, Claudio Edinger, Chris Castanho, Jair Lanes, Ricardo Esteves… São muitos.

Cineastas: Cristiano Burlan, André Ristum, Paulo Machline, Hugo Prata, Fernando Coimbra, José Padilha, Fernando Meirelles, Anna Muylaert, Walter Salles, Daniela Thomas, Glauber Rocha, Heitor Dhalia…

Tem algum site ou insta profissional para compartilhar conosco?

Sim, site: marinadealmeidaprado.com.br

Tenho 2 instas: o primeiro tem quase 10 mil fotos e é bem misturado, tem vida pessoal, fotos autorais e até um pouco de cinema, eu escolho quem “entra” – @mapphoto.
O segundo, que eu criei em janeiro, é só com fotos still de cinema, está em formação – @marina_aprado.

Qual a dica que dá para pessoas que querem estudar cinema ou as que estão na luta para mostrarem seus filmes e serem reconhecidos por seus projetos?

Amor pelo seu trabalho, cara de pau (de novo) e muita persistência.

Essa foi mais uma entrevista feita pela cineasta Amanda Ferrari Mergulhão, curtiu? Então compartilhe e confira outras entrevistas clicando aqui. 😉

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