Um dos maiores desafios na Odontopediatria é a reabilitação (restauração) completa de um dente, onde inclui: tratamento endodôntico (de canal), instalação de pino intra-radicular (dentro da raiz após feito o canal) e confecção da coroa (cobertura do dente).
A complexidade do procedimento não se limita somente à essas três etapas, mas também ao fato de que a maior parte dos pacientes com a indicação deste tratamento são bebês acometidos pela cárie precoce de infância – que causa grandes destruições dos dentes.
Culturalmente, ainda, alguns pais/cuidadores acreditam que o “dente de leite” não tem raiz ou não precisa de cuidados porque ainda é substituído por outro. Outras vezes não sabem dessa alternativa de tratamento.
A não reabilitação ou a perda desses dentes leva a uma série de consequências ruins:
1 – Perda da capacidade ou eficiência mastigatória;
2 – Deglutição atípica (a criança começa a engolir errado);
3 – Distúrbios fonéticos (dificuldade na pronúncia de alguns fonemas), podendo influenciar por sua vez na alfabetização;
4 – Hábitos bucais indesejáveis;
5 – Comprometimento estético;
6 – Problemas psicológicos;
7 – Se houver infecção associada ao dente, pode afetar o coração (endocardite) ou até mesmo provocar septicemia (infecção generalizada), levando à morte.
Existem várias técnicas e diversos materiais que podem ser escolha do profissional, mas o resultado é muito mais que “belo”, é saúde bucal reestabelecida.
A prevenção é o melhor caminho. Levar o bebê mesmo sem dentes pela primeira vez ao Odontopediatra e continuar realizando acompanhamento periódico, é investir em segurança e ter a possibilidade de que ele cresça sem cárie, saudável e feliz. Pode acreditar, custa muito mais barato, em todos os sentidos!
Crédito artigo: Odontopediatria Brasil