Inspirando-se claramente em referências como “Orgulho e Preconceito”, a Netflix criou a série Bridgerton. Porém, ela nos introduz a uma Inglaterra mais colorida e alegre devido à fotografia da série, apesar dos problemas e injustiças.
O objetivo da família Bridgerton é que seus filhos, mas mais precisamente as filhas, se casem na idade devida. Para isso, elas devem alimentar a sua boa reputação com grandes aparições em bailes. É algo interessante para aprendermos, inclusive, a história e como se dava os costumes e tradições daquela determinada época.
E apesar de se passar num contexto antigo, a trama não se move de maneira lenta. É um estilo jovem, desinibido, apesar das falas condizentes da época. Além de muito divertido. A trama também explora questões que estão cada vez mais discutidas hoje em dia, fazendo com que a série se torne indiscutivelmente atual.
Trata-se de uma narrativa leve. Apesar dos dramas, considero uma comédia. As cores leves que a direção de arte propõe, bem como a luz, que se assemelha a filmes românticos adolescentes, agrada os nossos olhos e já nos prepara, inconscientemente, para assistir algo leve. No entanto, ela pode ser surpreendentemente explícita quanto a cenas quentes, portanto, não seria adequada a um público infantil.
Mas a diversidade de cores que é observada na fotografia também pode se dar como uma crítica, no sentido de que, ao mostrar a realidade dos mais necessitados, Londres se torna uma cidade azulada, triste, suja e escura. Já quando acompanhamos o universo das classes mais abastadas, que passam basicamente a série inteira entre vestidos e salões de bailes, observamos uma luz mais acalorada e uma direção de arte colorida. Me parece uma crítica à frivolidade. Como quem diz: “Londres só é colorida se a sua realidade for esta” ou “Essas pessoas acham que a vida é cor-de-rosa”. E ainda assim o machismo e o sexismo impera e poda a vida das mulheres ricas.
A representatividade, também, é algo que chamou a atenção na série, pois retrata uma nobre corte de Londres composta por pessoas brancas, negras e também asiáticas. E em nenhum momento é tida qualquer discriminação. O universo de Bridgerton funciona como uma visão de como o mundo seria, caso tivesse “dado certo”.
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